ASSINDI, Maringá-PR
No dia 7 de março, os alunos da 2ª série, do Colégio Santa
Cruz foram até a Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI), onde tiveram a
oportunidade de conhecer de perto as dificuldades dos indígenas que ali moram
provisoriamente. Conversando com um eles, disseram que é difícil a vida
deles na sociedade urbana, dificuldades em aprender a língua portuguesa, mexer
no computador, estudar nas universidades sem sofrerem bullying e outros tipos de preconceito.
Na UEM (Universidade Estadual de Maringá) só podem entrar
seis alunos indígenas por ano, as vagas deles são chamadas de extra cotas,
assim não tiram a vaga de ninguém que entra por pontos, mas mesmo assim eles
dizem sofrem preconceito por serem cotistas.
Alguns alunos não entendem que eles não tiveram um
aprendizado que lhes permita competir em grau de igualdade com os demais
candidatos.
Eles
contaram que vem para a cidade apenas para estudar e quando terminarem o curso
escolhido voltarão para suas aldeias para ajudarem os índios que lá vivem,
deixando sua aldeia mais "organizada".
Os alunos do Colégio Santa Cruz também tiveram a
oportunidade de saber como a ASSINDI foi criada. Darcy Dias de Souza foi a
fundadora da associação em 2000. Ela disse que o governo lhes ajuda muito pouco
e que o terreno onde fica a associação foi doação de um proprietário que não
iria utilizar mais o local. Contou também que o Canadá e a França ajudaram
doando dinheiro, e com ele construíram as casas onde os índios moram com suas
famílias.
Por: Bárbara D. Volpato e João Manieri Neto