Jovem guarani tenta na justiça fazer a UEM validar seus quatro anos estudados na UEL
Valéria, estudante guarani que cursa Medicina há um ano na
Universidade Estadual de Maringá, relata suas dificuldades de estudar na melhor
universidade do Paraná.
A índia entrou na universidade através da
lei que oportuniza o indígena a cursar o ensino superior no Brasil. "Fiz
uma prova com conteúdos diferenciados do cobrado no vestibular tradicional e
entrei na 2ª chamada da UEL", conta a estudante de Medicina.
A futura médica relatou que cursou
Medicina por quatro anos na UEL e devido à falta de estrutura e apoio à
comunidade indígena, Valéria pediu transferência para terminar o curso em
Maringá. "Recebi todo o apoio e carinho da Dona Darcy e de todo pessoal da
ASSINDI assim que cheguei em Maringá, mas minha principal dificuldade foi ter
que recomeçar o curso do zero", fala a guarani que está lutando na justiça
para que a UEM valide seus quatro anos cursados em Londrina.
A universitária diz ainda que precisa
enfrentar diversas dificuldades como as financeiras: custo de livros e outros
materiais; o idioma: a dificuldade de termos da língua portuguesa; e o
preconceito de alunos e até professores do curso.
Mesmo assim, Valéria se diz muito feliz
apesar das dificuldades enfrentadas e espera poder voltar logo a sua aldeia
para exercer sua futura profissão.
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