Rogério A. da Silva, 17 anos.
No dia 7 de março, fomos à ASSINDI (Associação Indigenista), onde conversamos com Rogério Alves da Silva, 19, índio guarani, residente da associação e estudante de Psicologia na Universidade Estadual de Maringá.
Rogério é na verdade morador da Aldeia Laranjinha, no Município de Santa Amélia–PR, e está na ASSINDI enquanto realiza a sua graduação na UEM.
O índio diz sofrer preconceito na universidade, tanto pelos alunos, quanto pelos professores e demais funcionários da instituição. “Embora não demonstrem diretamente, eu consigo perceber no olhar das pessoas a indiferença e o preconceito”, desabafa Rogério. Apesar do preconceito, ainda há outro vilão para seus estudos, que segundo ele, é a falta de conhecimentos na área de exatas, pois não teve acesso a essas matérias durante a infância.
O guarani contou que em sua aldeia ele tinha tudo que precisava, vivia da pesca, caça e do cultivo de alimentos como a mandioca, estava entre pessoas parecidas com ele, com a mesma crença, mesmos costumes, e que vivia feliz, pois estava em um local em que se identificava, ao contrário do que acontece em Maringá, onde ainda não domina as tecnologias necessárias para realizar os trabalhos do curso, como os computadores, além da língua portuguesa que era pouco usada na aldeia.
Embora em Santa Amélia sofresse mais preconceito que na universidade, o jovem deseja voltar para a cidade natal, pois com o curso concluído, ele poderá ajudar os outros índios de sua aldeia.
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